CRÍTICA | A Casa do Dragão - Os Herdeiros do Dragão

É Game of Thrones... só que ainda não!
By BRDS
22/08/2022

Sim, estamos de volta à Westeros, com toda sua estética e glória medieval! A Casa do Dragão (The House of Dragon) retorna após Games of Thrones (GOT) ter deixado um gosto amargo pela última temporada, que encerrou de forma discutível, dividindo opiniões.

Está tudo lá - pelo menos quase tudo -, dragões lançando chamas, violência gráfica gratuita e sexo indiscriminado. A série prequela de GOT conta a história da casa Targaryen séculos antes de Daenayris Targerien esvoaçar seus cabelos prateados, montando seu dragão.Toda a luta pelo trono de ferro por partes das casas reais da série antecessora agora é deixada, por um trama político-familiar.

O seu piloto, chamado Os Herdeiros do Dragão, começa no nono ano do reinado do Rei Viserys I Targaryen (Paddy Considine) – e cerca dsee 200 anos antes dos acontecimentos de GOT.  A única herdeira de Viserys é uma mulher, Rhaenyra (Milly Alcock), logo, todos nos Sete Reinos estão esperando por um herdeiro homem, que está prestes a acontecer, visto que a rainha está grávida.

Essa mudança de quadro é péssima para irmão mais novo do rei, o arrogante e belicoso príncipe Daemon (Matt Smith), uma vez que ele é o herdeiro lógico na linha de sucessão do reinado.

Após uma cesárea espetacularmente sangrenta e sem anestesia, mãe e bebê - que era um Menino - morrem. A Mão do Rei o conselheiro Sor Otto Hightower (Rhys Ifans) dá ao seu chefe cinco minutos para lamentar antes de ordenar que sua linda filha adolescente Alicent (Emily Carey) use o vestido de sua falecida mãe e adentre quarto de Viserys para se tornar útil ao rei, o que quer dizer, ser abusada sexualmente. Mas diferente de GOT, a cena não foi mostrada e deu lugar a uma cena do diorama em pedra das dependências do reino.

Não há como negar que A Casa do Dragão, é fiel ao sexismo medieval onde mulheres são sujeitas a um papel secundário, e em grande parte subservientes aos desejos dos homens detentores do poder. Assim, ganhando o apelido de Rainha que Nunca Foi, na primeira cena da série Rhaenyra ascende ao trono de forma tímida e cerimoniosa, como opção uma menos drástica, tornando assim a primeira monarca mulher a senta-se no trono de ferro! Após seu tio Daemon isolar de vez sua “subtendida coroação” em uma orgia palaciana, desrespeitando do luto real.

Para evitar dúvidas e ansiedade, a primeira hora também contém:

  • Espancamentos sangrentos
  • Mortes sangrentas
  • Perucas terríveis
  • Diálogos extensos em Alto Valiriano
  • Peitos e bundas em bordéis
  • Vibrações de incesto
  • Os conselheiros de um rei cheio de personagens egoístas e um homem bom no papel de mão do rei
  • Inúmeras tempestades políticas, domésticas e reais
  • Alianças, contra-alianças, traições e lealdades quebradas
  • todo o dinheiro na tela
  • dragões
  • Não, o (maravilhoso) tema de violino inicial não está lá, embora os acordes possam ser ouvidos de forma incidental, durante as cenas, e nos créditos finais!

Por enquanto, A Casa do Dragão se mostra um digno sucessor de um dos maiores programas de TV de todos os tempos. Ainda assim, há uma sensação de que algo está faltando. A estreia de Game of Thrones capturou a alquimia perfeita de um enredo cativante, personagens magnéticos e um cenário fascinante, e embora o relâmpago ainda possa cair duas vezes, é inegável que o primeiro episódio de seu spin-off não atinge as mesmas alturas hipnotizantes. Isso ocorre, em grande parte, porque o programa está preparado para ser ainda mais longevo do que seu antecessor.

Com um orçamento milionário, A Casa do Dragão é visualmente extasiante, seus palácios sombrios, dependências suntuosas e indumentos impecáveis fazem jus à sua predecessora. Embora todo sangue praticamente aspergido na tela remeta muitas vezes à um episódio de "The Walking Dead", os dragões são ainda mais realistas e verossímeis… e escutar Rhaenyra proferir o comando celebre “Dracarys” com certeza é um ponto alto do episódio piloto, e nos faz querer de volta a saudosa Daenerys, embora Rhaenyra vista muito bem o seu manto ancestral até o momento. A série por vezes se perde em diálogos políticos e tramas conspiratórias, oscilando em cenas de nudez, e carne despedaçada, mas cumpre bem seu papel sem maiores exageros, de trazer de volta o espírito dos primeiros dias de GOT.

Mas há um consenso de que de fato é muito bom estar de volta a Westeros!

Segue o rol de alguns dos personagens-chave da série

  • Viserys Targaryen (Paddy Considine), o herdeiro do Trono de Ferro e sucessor de Jaehaerys I Targaryen;
  • Alicent Hightower (Olivia Cooke), segunda esposa do Rei Viserys I Targaryen;
  • Rhaenys Targaryen (Eve Best), irmã mais nova do rei Aegon I Targaryen;
  • Rhaenyra Targaryen (Emma D’Arcy), filha mais velha de Viserys I Targaryen;
  • Otto Hightower (Rhys Ifans), "Mão do Rei" de Viserys I Targaryen.

O primeiro episódio da nova série já está disponível na HBO Max. Ao todo, serão 10 na primeira temporada, que irá ao ar todos os domingos, às 22h canais HBO e HBO 2, pela TV paga, bem como por streaming no próprio HBO Max.

Curtiu? Comenta aí em baixo o que você achou do primeiro episódio e suas expectativas para o restante da temporada!

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