A Village Roadshow Pictures, empresa que financiou Matrix Resurrections — o mais recente filme da saga — e co-produtora do longa, entrou com processo contra a Warner Bros. na segunda-feira (7). Segundo as informações do The Wall Street Journal, o estúdio australiano estaria processando a gigante do entretenimento em virtude do lançamento de Resurrections na HBO Max, enquanto o filme ainda estava em cartaz nos cinemas.
Ainda conforme o jornal, a chegada de Matrix Resurrections aos streaming, antes de sua saída dos cinemas, violaria um dos termos do contrato entre os estúdios. Com um logo histórico de trabalhos em parceria junto a Warner, que incluem outros filmes de Matrix, o processo da Village lembra a recente briga entre Scarlett Johansson e a Disney.
"O único propósito da Warner Bros. ao adiantar a data de lançamento de 'Matrix Resurrections' foi criar uma onda desesperadamente necessária de inscrições de fim de ano na HBO Max, a partir de algo que eles saberiam que se trataria de um blockbuster, apesar de saber muito bem que iria acabar com a arrecadação do filme nas bilheterias e que iria retirar da Village Roadshow qualquer vantagem econômica", afirma a ação registrada no Tribunal Superior de Los Angeles.
Assim, o sci-fi dirigido por Lana Wachowski arrecadou apenas U$S 153 milhões em ingressos vendidos, enquanto o primeiro filme da trilogia original rendeu mais de US$ 463 milhões. No processo, a produtora pede um valor não especificado em danos, incluindo os lucros do estúdio em relação ao ganho de usuários da HBO Max devido ao filme, e uma ordem que obrigue a empresa a consultá-la no futuro em relação a seus planos de distribuição.
Resultado de uma experiência alquímica que envolvia gibis, discos e um projetor de filmes valvulado. Jornalista do Norte que invadiu o Sudeste para fazer e escrever filmes.