O serviço de streaming Netflix teve sua primeira queda no total de assinantes em 10 anos. O número foi divulgado na terça-feira (19), nos resultados trimestrais para investidores da empresa. A plataforma fechou o começo de 2022 com 200 mil assinantes a menos, e espera perder mais 2 milhões até a metade do ano no fim de junho.
Segundo o comunicado, diversos fatores contribuíram para a redução. A Netflix pontua que os dois principais são a correção de mercado devido à redução nas restrições da pandemia de Covid-19 e o encerramento do serviço na Rússia, relacionado à invasão da Ucrânia e sanções internacionais ao país asiático. A divulgação dos números também refletiram nas ações do serviço de streaming, que caíram 23% na bolsa de valores de Wall Street.
Foram 700 mil assinantes perdidos pela saída do serviço da Rússia como consequência da invasão a Ucrânia, e mais 600 mil perdidos pelo aumento de preço na América do Norte. Novos assinantes entraram, mas o saldo terminou negativo. A plataforma entrou em janeiro com 221.84 milhões de assinantes e terminou março com 221.64 milhões.
Ainda assim, o resultado seria abaixo das projeções. A expectativa da Netflix era ganhar 2,5 milhões de assinantes no trimestre. Mesmo sem a interrupção dos serviços na Rússia, o aumento de clientes teria sido apenas 20% do esperado.
Outro motivo para a queda de assinantes da Netflix pode ter sido o aumento nos preços. No Brasil, a última mudança foi em julho de 2021 - atualmente, os planos vão de R$ 25,90 (uma tela, baixa qualidade de imagem) a R$ 55,90 (quatro telas simultâneas, resolução 4K), representando um aumento de 11%. Agora, eles planejam cobrar pelo compartilhamento de senhas pelos assinantes - algo feito que o próprio streaming estima ser feito em 100 milhões de residências - 30 milhões destas nos EUA e Canadá.
Resultado de uma experiência alquímica que envolvia gibis, discos e um projetor de filmes valvulado. Jornalista do Norte que invadiu o Sudeste para fazer e escrever filmes.